quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Argentina e Uruguai - Santa Fé e Paraná























































































































































































































































































































































































20-09-10 - Domingo

Neste domingo, bem cedo, parti de volta à Argentina, tomei o Buquebus com destino à Buenos Aires, onde cheguei por volta das 10 horas da manhã e fui direto à rodoviária. Foram 6 horas de viagem até a cidade de Santa Fé, a capital da província de Santa Fé. Lá fui recepcionado pelo Sérgio, um amigo argentino. Cheguei a noite e não pude fazer muita coisa.

O caminho que nos leva a Santa Fé é pela Ruta Panamericana, rodovia que liga Ushuaia, no extremo sul da Argentina e da América ao Alasca, extremo norte. Os 500 km percorridos foram tranquilos, é uma rodovia bem conservada, num relevo plano, tão plano que chega a ser monótono. De um lado, grandes pastagens e criação de gado para corte, de outro, plantações de soja a perder de vista. Esta paisagem se prolonga em quase todos aqueles 500 km.

Até Santa Fé passamos por San Isidro, Orivos, San Fernando, San Nicolás, Rosario, Santo Tomé... Muito santo junto! (rs rs).




21-09-10 - Segunda-feira




Saímos eu e Sérgio bem cedo para eu conhecer Santa Fé. É uma cidade mediana, de aproximadamente 500 mil habitantes, às margens do lago Setúbal, não muito longe do caudaloso Rio Paraná. Em pouco tempo pudemos conhecer o Bairro de Guadalupe, onde tem a magestosa igreja de N. S. de Guadalupe. Seguimos até a margem do lago Setúbal, pela costanera e pela Ponte Colgante (Ponte Suspensa). Muitos lugares visitamos como o shopping, o Cassino, a praça de São Francisco.



A tarde fomos à cidade de Paraná, do outro lado do Rio Paraná, que é a capital da província de Entre Rios, a poucos minutos de Santa Fé. Paraná também é próspera e muito bonita, com uma bela localização ao longo do rio.



Nestas duas cidades, principalmente Santa Fé, é possível perceber claramente o resultado da crise que assolou a Argentina na última década. Bairros luxuosos em decadência, carros caros apodrecendo em garagens de casas necessitando de reformas. Aos poucos estas cidades irão recurperar o brilho do passado.

domingo, 22 de agosto de 2010

Argentina e Uruguai - Colonia del Sacramento






















19-09-09 - Sábado

Neste sábado acordei cedo, fiz as malas e parti para Colonia del Sacramento, aquela cidade na qual desembarquei em solo uruguaio, vindo da Argentina. Colonia del Sacramento é a capital do departamento de Colonia, ponto de embarque e desembarque de barcos vindos de Buenos Aires, forte rota turística fluvial pelo Rio de la Plata. E como eu disse em posts anteriores, Colonia é de grande influência portuguesa devido à ocupação do território uruguaio por Portugal durante vários anos.

Desembarquei em Colonia por volta das 10:00 horas e fui direto ao albergue "El Viajero" onde fiz o check in e já fui logo para a rua. A cidade, embora capital de departamento, é pequena e bastante tranquilo e o nosso passeio vai se limitar apenas à cidade histórica portuguesa.

Esta parte histórica de Colonia fica numa pequena península, onde foram erguidos o farol, o antigo Palácios dos Governadores, a igreja, as casas locais e o comércio. Esta parte urbanizada era totalemente murada e havia um portal de entrada, como nos antigos burgos feudais, na era medieval. Ainda vemos resquícios deste muro e do portal na cidade.

ndando pelas ruas percebemos claramente a presença portuguesa no calçamento feito de paralelepípedos, muito semelhante a Ouro Preto - MG. As casas de pedra ou de pau-a-pique lembram cidades do interior do Brasil, rústicas, básicas, de uma simplicidade incrível, com chão de terra batida, fogão a lenha e móveis grosseiros. Os cômodos são pequenos com pé-direito baixo e bastante escuros.

Na praça principal há a ruína do antigo palácio dos governadores, com a planta do edifício mapeada pela praça. À direita, a Igreja de Santo Antônio, relíquia da época, com duas torres, diferente do modelo espanhol de uma só torre lateral. A igreja é simples sem a suntuosidade do barroco mineiro, mas bastante marcante pela sua época e localização.

O casario típico se repete pelas ruas, geralmente estreitas e com um charme altamente peculiar. A população é muito hospitaleira e, para minha surpresa, muitos ainda guardam a tradição falando português, devido à sua herança da colonização. Tive um almoço maravilhoso na praça principal.

No farol é possível avistar o caudaloso Rio de la Plata e ao longe, bem ao longe no horizonte, um filete onde seria Buenos Aires, do outro lado rio.

A noite comi uma bela "parrillada", ou seja, o fomoso churrasco à moda platina, com a carne de boi na costela, assada no chão, o chamado "Fogo de Chão". O gosto é muito forte, mas estava gostosa a carne. São lembranças que temos dos lugares onde passamos que são sensitivas, e não meramente visuais. Isto faz parte de toda viagem e temos que experimentar os pratos típicos de cada região.

Ao fim do jantar, fiz as malas para partir no dia seguinte de volta à Argentina.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Argentina e Uruguai - Montevideo 02

18-09-09 Sexta-feira

Sexta-feira fria e chuvosa em Montevideo, o vento não parava de soprar e o zumbido era muito forte. Do quarto do albergue se percebia o quanto ventava. A temperatura média do dia foi de 2 graus centígrados e isto fez com que eu permanecesse mais tempo na cama. Levantei com muita preguiça e resolvi tirar umas fotos na Plaza Independência, onde ficava o albergue e as fotos já estão postadas em posts anterirores.

Comecei com fotos do próprio albergue, em seguida fui fotografei o portal da cidade e a via peatonal que existe bem a frente. Segui pelo Teatro Solis e o contorno geral da praça, finalizando no albergue. Aproveitei para compar uns suvenires para levar para casa e retornei ao albergue para um jantarzinho quente e cama.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Argentina e Uruguai - Punta Del Este

















17-09-09 Quinta-feira

Hoje o dia amanheceu bastante nublado e com muito frio, com temperatura máxima de 10 graus centígrados e com sensação térmica ainda menor. O ônibus do tour a Punta Del Este passou por volta das 8:30 e lá fomos.

O Uruguai é um país pequeno dividido em 19 departamentos administrativos, e Montevideo fica no departamento de mesmo nome, que é a Capital Federal. Punta Del Leste fica no departamento de Maldonado, cuja capital é a cidade de Maldonado. Para irmos a Punta Del Este vamos cruzar todo o departamento de Canellones, tudo isto em duas horas.

Pegamos a Rambla em Montevideo e em seguida a Ruta Interbalneária, e nossa primeira parada foi no balneário de Piriápolis, nome em homenagem a Píria, fundador do lugarejo. Como todo balneário aqui no Uruguai, fica vazio no inverno e lota no verão. Hoje especificamente conta somente com a populaçao local e com estes poucos turistas de inverno, como nós. Subimos um morro, chamado Cerro de San Antonio, que é um dos pontos mais altos da região e de onde pudemos avistar toda a cidade e a costa fluvial. Piriápolis é uma cidade banhada pelo Rio de La Plata, como Colonia e Montevideo.

No Cerro existe uma capela de Santo Antonio e várias lojas de suvenir. Aproveitei e comprei um casaco novo (uma "campera"), pois o frio tá muito forte. O casaco traz a palavra Uruguay com a bandeira do lado. Nesta região há mais dois morros, ou "cerros", um chamado de Cerro del Toro e o outro Pan de Azúcar, que nada lembra o nosso Pão de Açúcar, no Rio.

De Piriápolis continuamos pela Ruta Interbalneária até a cidade de Punta Ballena, como o nome diz, é a ponta da "baleia". Nesta região já se nota uma grande mescla das águas do Rio de la Plata com o mar, as cores se misturam. Nesta época do ano e durante toda a primavera as baleias migram da Terra do Fogo para reproduçao. Várias delas podem ser avistadas.

Em Punta Ballena visitamos a Casa del Pueblo, que é a casa de um fomoso artista plástico uruguaio, o sr. Carlos Paez Vilaró, que ainda mora na casa com sua família. A parte aberta à visitaçao é um museu, galeria e loja de suvenir. Vilaró se inspirou em Antoni Gaudi, arquiteto catalão, para construir sua "escultura habitável", como ele mesmo diz.

Ao deixar Punta Ballena seguimos mais vinte minutos para Punta Del Leste, um dos balneários mais conhecidos da América do Sul. Nesta época do ano também fica vazia a cidade de mais ou menos 180 mil habitantes. No verão chega a ter cerca de 1 milhão de pessoas. Notam-se várias casas, apartamentos e bares fechados, que só abrem mesmo em alta temporada. Podemos ver os contrastes de Punta del Leste, onde existe a riqueza de um lado e muita pobreza de outro. Há uma casa na cidade que ocupa um quarteirão inteiro, segundo dizem, pertece a um brasileiro do Rio Grande do Sul, dono da Grendene.

Punta del Leste é onde oficialmente encontram os Rio de la Plata e o mar, é a parte mais larga do Rio da Prata, que chega a ter em torno de 200 km de largura. É uma cidade comum, não impressiona pelas praias e pela arquitetura, e nem mesmo dá para imaginar porque é tão famosa. Talvez no verão possamos ter uma idéia melhor do lugar, mas as praias do litoral norte paulista e do sul fluminense são muito mais impressionantes, mesmo as praias nordestinas.

Em Punta del Leste há um famoso hotel e cassino chamado Conrad que domina a paisagem pela sua altura e cor azul, mas não é um marco da arquitetura. Talvez o cassino seja um grande atrativo para o lugar, para toda a região do Rio da la Plata.

Aqui em Punta del Este tive o almoço mais cara de todas as minhas férias desta temporada. O almoço saiu por $880,00 (pesos uruguaios) que corresponde mais ou menos a R$80,00 (reais). Mas foi um prato maravilhoso, com couvert, entrada, água, refrigerante (não pedi vinho senão me daria sono) e a sobremesa (postre), que foi um "profiteroles" gigante, mas delicioso.

Após o almoço caminhamos pela marina de Punta onde tivemos uma visita inesperada de um lindo leão-marinho, porém muito fedorento e barulhento. Algumas crianças se assustaram com o ruído estrondoso do animal. Mas foi muito divertido.

Tivemos o resto da tarde livre para compras e passeios pela cidade. Retornamos no início da noite a Montevideo.