segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Argentina e Uruguai - Buenos Aires 03
































13-09-09

Bem, hoje comecei por um passeio matinal pela Plaza Dorrego, aqui em San Telmo onde há todos os domingos uma feira de antiguidades. Não se resume somente a antiguidades, mas artesanatos em geral e aquelas quinquilharias típicas de toda feira. É como se fosse a feira da Av. Afonso Pena em escala bem mais modesta. Mas não deixa de ser interessante pois o local é muito agradável e aquele clima de feira, bem tranquila é muito bom. Comprei umas lembrancinhas para levar ao Brasil, aquelas coisinhas tipo ímãs de geladeira e tudo mais.

Dali fui andando até a Plaza de Mayo, para continuar o passeio que eu comecei ontem e não terminei, a partir da rua Florida. A Avenida de Mayo liga o Congresso Nacional de um lado e muitos quarteirões depois, a Plaza de Mayo. Nesta praça ficam a Casa Rosada, a Catedral Metropolitana, o Banco Nacional da Argentina, o Cabildo dentre outros monumentos de destaque. Aqui aconteceram várias solenidades cívicas, como a despedida de Eva Perón, lotando a praça. Aqui ela imortalizou o "Nao chores por mim Argentina, minh´alma está contigo..." Aqui também aconteceu o manifesto das mães argentinas pelo desaparecimento dos seus filhos na época da ditatura militar e até hoje existe a associação das mães da Praça de Maio (Plaza de Mayo). Maio foi o mês da manifestaçao.

Não vou descrever os monumentos em detalhe, pois levaria muito tempo, talvez o faça mais tarde reeditando este blog. Após visitar os monumentos da Plaza de Mayo caminhei direto pela avenida de Mayo em direção ao Congresso. Almocei num pequeno restaurante que vi no caminho e continuei a jornada. Só um parêntese: aqui na Argentina a comida é muito barata, come-se bem por muito pouco.

Em seguida continuei até o Congresso onde tirei fotos apenas externas. Desci a avenida Callao pelo Bairro Tribunales, depois pela Corrientes até a avenida 9 de Julio, que dizem ser a mais larga do mundo. Neste cruzamento está um Obelisco em homenagem a independência da Argentina. De lá segui até a avenida Santa Fé, e a segui até o bairro Norte. Esta regiao é lindíssima, repleta de edifícios em estilo francês e italiano, reflexo da imigração européia. Os prédios são realmente suntuosíssimos. É uma regiao muito rica e nota-se isto no jeito de vestir das pessoas, nos carros em tudo. Aqui todos se vestem bem, as vezes exageram, usam sobretudo até mesmo quando já faz calor de matar...

Na avenida Santa Fé está El Ateneo, a maior livraria de Buenos Aires, que é lindíssima. Ela ocupa um antigo teatro e as galerias e balcões também abrigam livros. Há uma bela cafeteria embalada ao som de um piano, ao vivo. O clima para a cultura é muito agradável. Eu quis levar um clássico da literatura argentina e me indicaram as Coleções Completas I de Jorge Luis Borges, com nove livros do autor, de 1929 a 1940. Vou disfrutar dele ao retornar ao Brasil.

Dali andei até o bairro da Recoleta onde ficam verdadeiras mansões. Mas também tem uma grande mansão lá onde não mora ninguém, pelo menos vivo. É o cemitério da Recoleta, onde está sepultada Eva Perón, ou dizem que está, até os argentinos duvidam. Seus restos mortais foram trazidos do exterior muitos anos após a sua morte, mas a veracidade deste sepultamento em Recoleta é um mistério.

Dali andei até a avenida Del Libertador onde pude visitar o Museu de Arquitetura. Funciona num antigo edifício pertencente ao porto de Buenos Aires e foi restaurado para abrigar o museu. Na verdade acontecem aqui exposições intinerantes e desta vez há uma chamada Antípodas, sobre arquitetura contemporânea do Japão. Dali andei pela Avenida Alvear, uma das mais caras da cidade, e onde ficam lojas de grife, como Ralph Lauren, Armani dentre outras. No final dela há uma pracinha com dois suntuosos edifícios em estilo neo clássico francês, um abriga a embaixada da França e outro, a embaixada do Brasil... Deste ponto retornei ao albergue para tomar um banho.

A noite fui à La Ventana, um caríssimo restaurante com apresentação de Tango. Tive até aulas de tango (rs). Pra dizer a verdade, o show é muito bom, mas é muito longo. Confesso que me cansei e o vinho me deu sono. Mas como me disseram aqui, não há mais tango na Argentina, de forma espontânea, como manifestaçao popular, existem apenas as apresentações para movimentar a indústria turística. De qualquer forma valeu a pena, é um espetáculo que vale a pena ver.

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