sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Argentina e Uruguai - Montevideo 01


























16-09-09 Quarta-feira

Hoje levantei cedo e fui direto ao Terminal Buque Bus, o terminal onde se toma o catamarã para o Uruguai. O procedimento de check in é o mesmo nos aeroportos, com a única diferença que o serviço de imigração uruguaia já está do lado de cá do rio, no embarque, e não do lado de lá, já em território Uruguaio. Chegando a Colônia del Sacramento, uma hora depois, desembarcamos. Fizeram-me abrir a mala.. só chatice mesmo, eles já tinham visto meu passaporte brasileiro.

O dia se encontrava nublado, mas sem ventos e nem frio. Levamos exata uma hora para a travessia. Foi uma viagem muito tranquila e gostosa. A embarcação é muito grande, tem free shop, lanchonetes, televisor.... enfim é uma cidade flutuante.

Colonia del Sacramento é uma cidade de colonização portuguesa, era uma fortaleza de proteçao contra invasões espanholas no extremo sul da colônia portuguesa. Após a independência do Brasil, toda a região onde hoje é o Uruguai pertencia ao Brasil, e em 1828 chegou-se à independência. Colônia é patrimonio da humanidade pela Unesco.

Como cheguei muito cedo a Colônia, por volta de nove e meia da manhã, eu tinha a intenção de passar todo o dia lá e no inicio da noite seguir para Montevideo. Mas infelizmente na rodoviária não havia guarda volumes que acomodassem minhas bagagens. Assim tive que seguir imediatamente para Montevideo.

Cheguei a Montevideo por volta de uma hora da tarde, e de imediato comprei a passagem de volta a Colônia, onde resolvi passar um dia. Chego no sábado a Colônia e saio no domingo de manhã de volta a Argentina. No setor de informações turísticas já adquiri um City Tour por Montevideo, para as 14 horas e outro para a quinta-feira, para Punta Del Leste. Peguei um taxi direto para o albergue.

O Albergue Che Lagarto é uma franquia argentina que já existe em várias cidades argentinas, no Uruguai, Chile e Brasil (Rio, Paraty, Sao Paulo e Salvador). O Che Lagarto de Montevideo fica muito bem localizado, na Plaza Independência, centro da cidade histórica, de fácil acesso a todos os lugares. O Uruguai é um país pequeno, de aproximadamente 3 milhões de habitantes, dos quais um milhão e meio vive em Montevideo. Dá para se imaginar o quanto o país é vazio. Os jovens que querem progredir mais acabam saindo do país, pois aqui as condiçoes são limitadas. De qualquer forma é um país que possui uma bela história e lindos monumentos.

As 14:45 a van passou para me pegar para o City Tour. Começamos pela Plaza Constitución, onde fica a Catedral (o poder religioso), o Cabildo (o poder do rei da América espanhola), vários bancos e lojas na parte histórica da cidade. As ruas da cidade são repletas de uma árvore européia chamada plátanos, muito bonita. Fica completamente sem folhas no inverno. Desta praça passamos pelo Teatro Solís, mas nao descemos. Irei vistitá-lo na sexta.

Em seguida circulamos pela Plaza Independência onde estou hospedado. Esta praça é a mais central da cidade e também se situa na parte histórica. Na ponta fica o portal, que é a antiga entrada da cidade de Montevideo quando esta era murada (amurallada). Em sentido antihorário temos totalmente a direita o Teatro Solís, que impressiona pela beleza original, pela restauração e a boa acústica da sala de espetáculo. É um dos teatros mais conceituados da América do Sul. Logo após o teatro temos o Palácio Presidencial que acaba de ficar pronto, levou pelo menos 46 anos para ser concluído. É um edifício moderno, de vidro refletivo, e passa despercebido como Palácio Presidencial por ser mais um edifício moderno dentre muitos em qualquer cidade. Não possui a suntuosidade e os simbolismos de Brasília e Washington, ou mesmo de Buenos Aires pela avenida de Mayo. Depois seguimos pela avenida 18 de Júlio, que a veia comercial da cidade. Montevideo possui uma graciosidade européia mas em proporções bem mais modestas que Buenos Aires.

Deste ponto seguimos por vários pontos da cidade, como a Plaza de la Armada, de onde se tem uma vista das praias pelo Rio Da Prata, das Ramblas (avenidas a beira-rio) e dos prédios. Seguimos pelo bairro Carrasco, onde se tem uma noção do bairro típico de residências unifamiliares e também de embaixadas, como a da Inglaterra. No bairro Punta Carretas, um dos mais sofisticados da cidade, fica também o shopping Punta Carretas, antigo cárcere.

Vou lhes contar como surgiu o nome Montevideo, que é uma curiosidade muito interessante. Quando os espanhóis chegaram à costa do Uruguai pelo rio da Prata eles criaram referências pelos montes e os numeravam para não se perderem. Quando chegaram a Montevideo, o monte era o de número 6. Mas foi assim que os espanhóis o descreveram: MONTE VI, indicando o 6 em algarismos romanos. Porém continuaram com a seguinte descriçao: D.E.O, que significa "De Este a Oeste" (de leste a oeste). Quer dizer o "monte 6 de leste a oeste". Tudo próximo temos: Monte VI DEO e junto MONTEVIDEO. E assim ficou o nome do lugar.

Visitamos também o antigo estádio de Futebol Centenário, onde foi realizada a Primeira Copa do Mundo de Futebol, realizada no Uruguai em 1930. Adquiri uma reprodução do cartaz oficial que irá para meu escritório em minha casa.
Nesta quinta-feira faremos um passeio por Punta del Leste, com breve parada em Piriápolis e Punta Ballena.

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